Listar e comentar
as diferenças básicas das características entre o modelo de acumulação
capitalista de tipo fordista-taylorista, da nova organização do trabalho,
chamada de pós fordismo ou flexível, na qual se destaca o toyotismo.
Diferenças básicas
das características entre os modelos de acumulação capitalista:
fordista-taylorista e pós fordismo ou flexível
Fordista-Taylorista
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Pós fordismo ou Flexível
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Produção em série, massiva e de poucos
modelos
Produção de
poucos modelos em grande quantidade realizada por operários que fazem a mesma
tarefa com um único artefato tecnológico.
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Produção flexível de acordo com a demanda
Devido aos modernos e sofisticados
equipamentos tecnológicos é possível em um tempo mínimo produzir modelos
diferentes e personalizados. No entanto, a fabricação é realizada de acordo
com demanda (procura, venda). Por exemplo, no supermercado, à medida que são
vendidos os produtos outros são colocados em seu lugar e no caso da fábrica
são produzidos.
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Trabalho fragmentado em especializações
definidas e rígidas
Há um
ordenamento hierarquizado e piramidal. Ou seja, o fazer é separado do pensar.
Ao operário cabe o fazer, enquanto que a idealização fica a cargo do
departamento técnico e a manutenção e o controle de qualidade são feitos por
outros setores.
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A polivalência ou a multiplicação
O fazer e pensar
estão juntos. Um único trabalhador controla várias máquinas, faz o controle
de qualidade, a manutenção, os pequenos reparos e a limpeza. O trabalho é
realizado em ilhas de produção, nas quais equipes de operários são
encarregadas de todas as tarefas, para que na falta de um operário o ritmo de
trabalho é mantido, não havendo assim prejuízo na produtividade.
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A verticalização da produção
A indústria abarcando
todas as atividades que envolvem a produção final. Ou seja, toda produção é
concentrada no interior da empresa matriz.
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A horizontalização da produção
Diz respeito a
terceirização que a partir desta
contrata quartas ou quintas, abrangendo, inclusive o trabalho domiciliar
por produção, sendo os trabalhadores desprovidos dos benefícios
sociais e trabalhistas. Havendo assim, a fragmentação e a desmobilização dos
trabalhadores, pois a produção se espalha por vários espaços, antes
concentrada na empresa matriz.
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O Just in time
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Constitui-se na
produção com estoque mínimo, tendo em vista que o estoque é capital
imobilizado e, portanto não cria valor.
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Gestão participativa
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O capitalista
ganha a consciência dos trabalhadores para junto com a direção da empresa competir contra as outras empresas. Para
tanto, existem os círculos de controle de qualidade, que incentivam os
operários na busca da melhoria contínua dos processos produtivos.
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Qualidade total
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Os operários são
coparticipantes da qualidade total da produção. Aparentemente há uma aproximação
da direção da fábrica com os operários para acatar as sugestões dos
trabalhadores fazendo-se acreditar que são partes integrantes dos destinos da
empresa. Mas na verdade, esses trabalhadores contribuem para gigantescas
rendas para as unidades produtivas.
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Ideia de grande família
A empresa
ideologicamente passa para os operários que todos devem lutar pelo bem comum,
ou seja, o desempenho de toda a fábrica, como se fosse uma grande família,
ocultando a diferença de classes, ou seja, a divisão da sociedade em classes,
no caso fazendo o operário entender que pertence a mesma classe social do
capitalista.
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A fábrica procura assumir benefícios
omitidos pelo Estado
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A fabrica oferta
ao trabalhador vários benefícios omitidos pelo Estado, quais sejam, lazer,
clubes para a família, saúde, educação, entre outros, visando sedimentar os
laços de fidelização dos trabalhadores com a empresa.
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Reprodução na fábrica de um esquema
semelhante ao da democracia representativa
O esquema
configura-se de forma democrática, no entanto o conteúdo é autoritário, já
que coibe todas as formas de organização autêntica dos trabalhadores,
mediante a cooptação de lideranças sindicais, de repressão aos sindicatos
independentes e incentivos à fragmentação das organizações dos trabalhadores.
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Emprego temporário ou precarizado
O emprego
temporário ou precarizado é inerente ao modelo de produção flexível.
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Referência:
ASSIS, José Gomes et all. Economia da Educação
In: Licenciatura em Matemática a
Distância. Livro 8. Editora Universitária, UFPB.
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