segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A Reestruturação Produtiva e a Educação



Listar e comentar as diferenças básicas das características entre o modelo de acumulação capitalista de tipo fordista-taylorista, da nova organização do trabalho, chamada de pós fordismo ou flexível, na qual se destaca o toyotismo.
Diferenças básicas das características entre os modelos de acumulação capitalista: fordista-taylorista e pós fordismo ou flexível

Fordista-Taylorista
Pós fordismo ou Flexível

Produção em série, massiva e de poucos modelos
Produção de poucos modelos em grande quantidade realizada por operários que fazem a mesma tarefa com um único artefato tecnológico.
Produção flexível de acordo com a demanda
 Devido aos modernos e sofisticados equipamentos tecnológicos é possível em um tempo mínimo produzir modelos diferentes e personalizados. No entanto, a fabricação é realizada de acordo com demanda (procura, venda). Por exemplo, no supermercado, à medida que são vendidos os produtos outros são colocados em seu lugar e no caso da fábrica são produzidos.

Trabalho fragmentado em especializações definidas e rígidas
Há um ordenamento hierarquizado e piramidal. Ou seja, o fazer é separado do pensar. Ao operário cabe o fazer, enquanto que a idealização fica a cargo do departamento técnico e a manutenção e o controle de qualidade são feitos por outros setores.

A polivalência ou a multiplicação

O fazer e pensar estão juntos. Um único trabalhador controla várias máquinas, faz o controle de qualidade, a manutenção, os pequenos reparos e a limpeza. O trabalho é realizado em ilhas de produção, nas quais equipes de operários são encarregadas de todas as tarefas, para que na falta de um operário o ritmo de trabalho é mantido, não havendo assim prejuízo na produtividade.
A verticalização da produção
A indústria abarcando todas as atividades que envolvem a produção final. Ou seja, toda produção é concentrada no interior da empresa matriz.
A horizontalização da produção
Diz respeito a terceirização que  a partir desta contrata quartas ou quintas, abrangendo, inclusive o trabalho  domiciliar  por produção, sendo os trabalhadores desprovidos dos benefícios sociais e trabalhistas. Havendo assim, a fragmentação e a desmobilização dos trabalhadores, pois a produção se espalha por vários espaços, antes concentrada na empresa matriz.

O Just in time

Constitui-se na produção com estoque mínimo, tendo em vista que o estoque é capital imobilizado e, portanto não cria valor.

Gestão participativa

O capitalista ganha a consciência dos trabalhadores para junto com a direção da empresa  competir contra as outras empresas. Para tanto, existem os círculos de controle de qualidade, que incentivam os operários na busca da melhoria contínua dos processos produtivos.

Qualidade total

Os operários são coparticipantes da qualidade total da produção. Aparentemente há uma aproximação da direção da fábrica com os operários para acatar as sugestões dos trabalhadores fazendo-se acreditar que são partes integrantes dos destinos da empresa. Mas na verdade, esses trabalhadores contribuem para gigantescas rendas para as unidades produtivas.

Ideia de grande família
A empresa ideologicamente passa para os operários que todos devem lutar pelo bem comum, ou seja, o desempenho de toda a fábrica, como se fosse uma grande família, ocultando a diferença de classes, ou seja, a divisão da sociedade em classes, no caso fazendo o operário entender que pertence a mesma classe social do capitalista.

A fábrica procura assumir benefícios omitidos pelo Estado

A fabrica oferta ao trabalhador vários benefícios omitidos pelo Estado, quais sejam, lazer, clubes para a família, saúde, educação, entre outros, visando sedimentar os laços de fidelização dos trabalhadores com a empresa.

Reprodução na fábrica de um esquema semelhante ao da democracia representativa
O esquema configura-se de forma democrática, no entanto o conteúdo é autoritário, já que coibe todas as formas de organização autêntica dos trabalhadores, mediante a cooptação de lideranças sindicais, de repressão aos sindicatos independentes e incentivos à fragmentação das organizações dos trabalhadores.

Emprego temporário ou precarizado
O emprego temporário ou precarizado é inerente ao modelo de produção flexível.

Referência:

ASSIS, José Gomes et all. Economia da Educação In:  Licenciatura em Matemática a Distância. Livro 8. Editora Universitária, UFPB.

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